quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nostalgia

Toda a nossa infância passou de maneira acelerada.
Agora somos adultos demais, responsáveis demais, ocupados demais. Agora temos que tomar decisões.
Perdemos a inocência e demos lugar à malícia.
Quando somos crianças, queremos logo ser adultos, por causa dos grandes bens materiais que conseguiremos.
Um bom carro, uma boa casa. Mas é só uma ilusão.
E quando somos adultos, lembramos dos momentos de rebeldia da adolescência. Talvez não tivesse valido a pena, mas cada coisa que aconteceu conosco, naquele momento de transição, foi o que nos construiu para sermos o que somos hoje.
Talvez ainda não sejamos adultos completos, mas ainda estamos preocupados com a faculdade, com o emprego, com a namorada ou o namorado. Temos muitos compromissos para lidar.
Mas, mesmo assim, o coração ainda fica apertado quando chegamos perto da praça a qual brincávamos quando pequenos.
Ficar no balanço e se empolgar tanto que acha que conseguirá encostar-se ao céu.
Brincar de esconde-esconde e ficar atrás da pessoa que está contando, só para ser o primeiro a conseguir se salvar.
Achar que a lua é feita de queijo.
Jogar bolinha de gude na rua, pião, até jogar com aquelas cartinhas que vinham dentro do salgadinho.
Jogar futebol na calçada com uma bola furada.
...
No entanto, eu tenho certeza... Se tivéssemos uma única chance de voltarmos no tempo, para mudar alguma coisa na nossa infância, não voltaríamos...
Pois cada machucado, cada ferida, cada briga, cada caída, cada tropeço, cada sorriso, cada alegria, cada lágrima que demos na nossa infância. Esses momentos são os que mais sentiremos falta. Eles não retornarão, não são substituíveis. São para sempre.

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